1954 - Heber Gonçalves Palhano -São João do Caiuá - PR

1952 - Kepler Gonçalves Palhano - Nova Esperança - PR


A instalação oficial do município aconteceu no dia 14 de dezembro de 1952, com a posse do primeiro prefeito eleito, dr. José Teixeira da Silveira.


A instalação oficial ocorreu no dia 14 de dezembro de 1952, com a posse do primeiro prefeito eleito, o médico José Teixeira da Silveira, falecido recentemente, e dos primeiros vereadores, Dr. Kepler Gonçalves Palhano, José Felipe Elias, Hélio de Moraes Barbosa, Adelício Fagundes Dias, João Vieira, Afonso Sgssard, Alídio Roboledo, Daniel Lopes Marques e Eduardo Sequi. 

Foram prefeitos de Nova Esperança:
  • Dr. José Teixeira da Silveira............1952/1954
  • Dr. Kleper Gonçalves Palhano..........1954/1956
  • Pedro Zanusso..............................1956/1960
  • Armando de Lima Uchôa.................1960/1964

 

1947 - Edson Gonçalves Palhano - Nova Santa Barbara I - PR

A partir de 1940, a gleba conhecida como Água do Sabiá começa a sofrer desmatamentos para abertura da Estrada Estadual do Cerne. Era constituída de aproximadamente 16 mil alqueires e a maior parte havia sido adquirida pela família Couto de Camargo. Emídio Couto de Camargo recebeu parte das terras como herança deixada por seu pai. O local era excelente para descanso de safristas de porcos e surgiram os primeiros estabelecimentos de apoio aos tropeiros.
 
Em 1947, Emídio Couto de Camargo trouxe de Jataizinho o topógrafo Edson Gonçalves Palhano para demarcar o loteamento e providenciar o arruamento da localidade. Neste mesmo ano foi erguido um Cruzeiro em Água do Sabiá, sendo celebrada a primeira missa da localidade.
Em 1948, com o término da abertura da Estrada do Cerne, Água do Sabiá já possuía características de cidade e, em 22 de novembro desse ano, foram feitos os registros oficiais do loteamento, passando a localidade a denominar-se Santa Bárbara, nome dado por Emídio de Camargo por sua devoção á Santa.
 

1941 - Kepler Gonçalves Palhano - Diário Oficial

Diário Oficial da União - Seção 1 - 20/08/1941 , Página 16424 (Publicação) 

Decreto nº 7.652, de 18 de Agosto de 1941

Aprova novas tabelas numéricas para o pessoal extranumerário-mensalista da Diretoria do Domínio da União.
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 74, letra a, da Constituição,
Decreta:


     Art. 1º As tabelas numéricas do pessoal extranumerário mensalista da Diretoria do Domínio da União do Ministério da Fazenda, aprovadas pelo decreto nº 7.079, de 10 de abril último, ficam substituidas pelas que se encontram anexas a este decreto.


     Art. 2º A despesa na importância de 1.269:600$0 (mil duzentos e sessenta e nove contos e seiscentos mil réis) será atendida pela Verba 1 - Pessoal - Consignação II - Pessoal Extranumerário, sendo 1.258:800$0 (mil duzentos e cinquenta e oito contos e oitocentos mil réis) à conta da Subconsignação 05 - Mensalista e réis 10:800$0 (dez contos e oitocentos mil réis) à conta da Subconsignação 08 - Novas admissões, etc., do vigente orçamento daquele Ministério.


     Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 18 de agosto de 1941, 120º da Independência e 53º da República.
GETULIO VARGAS
A. de Souza Costa


MINISTÉRIO DA FAZENDA

    REPARTIÇÃO - DIRETORIA DO DOMÍNIO DA UNIÃO

    TABELA NUMÉRICA
    
Núm. Função Ref. de
Salário
Salário
Mensal
Despesa
Anual
1
1
4
3
2
3
3
3
2
1
24
20
11
8
6
2
1
1
1
1
1
Artífice................................... Artífice....................................
Desenhista ............................
Desenhista ............................
Desenhista ............................
Engenheiro.............................
Engenheiro.............................
Engenheiro..............................
Engenheiro..............................
Engenheiro..............................
Auxiliar de Escritório...............
Auxiliar de Escritório...............
Auxiliar de Escritório...............
Auxiliar de Escritório...............
Auxiliar de Escritório...............
Praticante de Escritório..........
Guarda....................................
Guarda....................................
Assistente Jurídico..................
Assistente Jurídico..................
Assistente Jurídico..................
VII
IX
VII
IX
XI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
VII
VIII
IX
X
XI
VI
VI
VII
XVII
XVIII
XIX
400$0
500$0
400$0
500$0
600$0
1:100$0
1:200$0
1:300$0
1:400$0
1:500$0
400$0
450$0
500$0
550$0
600$0
350$0
350$0
400$0
1:100$0
1:200$0
1:300$0
4:800$0
6:000$0
19:200$0
18:000$0
14:400$0
39:600$0
43:200$0
46:800$0
33:600$0
18:000$0
113:200$0
108:000$0
66:000$0
52:800$0
43:200$0
8:400$0
4:200$0
4:800$0
13:200$0
14:400$0
 15:600$0
2 Motorista................................. VII 400$0 9:600$0
1 Motorista................................. IX 500$0 6:000$0
2 Servente.................................. V 300$0 7:200$0
6 Servente.................................. VI 350$0 25:200$0
2 Servente.................................. VII 400$0 9:600$0
8 Topógrafo................................ XIII 700$0 67:200$0
76 Trabalhador............................. IV 250$0 228:000$0
23 Trabalhador............................. V 300$0 82:800$0
 9 Trabalhador............................. VI 350$0  37:800$0
 228 1.162:800$0

    TABELA NUMÉRICA SUPLEMENTAR


Núm. Função Ref. de
salário
Salário
Mensal
Despesa
Anual
3 Desenhista............................ XIII 700$0 25:200$0
2 Escriturário........................... XII 650$0 15:600$0
2 Escriturário........................... XIII 700$0 16:800$0
2 Escriturário........................... XV 900$0 21:600$0
1 Guarda.................................. VIII 450$0 5:400$0
1 Guarda.................................. IX 500$0 6:000$0
 3 Servente...............................  VIII  450$0  16:200$0
 14  106:800$0
    Relação dos extranumerários mensalistas correspondente à tabela numérica aprovada pelo decreto nº 7.652, de 18 de agosto de 1941:

    DIRETORIA DO DOMÍNIO DA UNIÃO

    TABELA ORDINÁRIA


8 - Topógrafo XIII - 700$0
    1. Antônio Gonçalves Ferreira.
    2. Vago.
    3. Djalma Dutra Ururahy.
    4. Kepler Gonçalves Palhano.
    5. Marcílio Nolding da Mota.
    6. Maurití Cordovil da Cunha.
    7. Nelson Barbosa dos Santos.
    8. Roberto Marfim Botelho.


1941 - Lamartine Palhano - Fortaleza - CE

Diário Oficial do Estado do Ceará onde em 06 de agosto se 1941, Lamartine é convocado para a Junta do Alistamento Militar - Folha 08 - Item 255.

1929 - Joaquim Gonçalves Palhano - Cia. de Terras - PR

LONDRINA 80 ANOS - PELA PICADA DE JOAQUIM PALHANO ATÉ O MARCO DO PATRIMÔNIO TRÊS BOCAS.

Os “burros, tão velhacos, derrubavam a carga de tempos em tempos” e o suor humano atraía a variedade de insetos. Relatos de George Craig Smith e de Erwin Frölich divergem, mas a data oficializada é 21 de agosto de 1929.

Em 1878, já frustrado em seu projeto de construir uma Estrada de Ferro que chegasse ao Norte do Paraná, por estar falido, o Visconde de Mauá foi reverenciado em Londres, na edição do livro Pioneering in the South Brazil (“Pioneirismo no Sul do Brasil”, Editora John Murray), em que o engenheiro Thomas Bigg-Wither relata a própria vivência de três anos (1872-1875) na floresta e pradaria da Província do Paraná, tema de sua conferência na Real Sociedade de Geografia dois anos antes. O livro é “dedicado a Sua Excelência o Visconde de Mauá, a quem o autor é especialmente devedor pelas oportunidades (…) de viajar e fazer observações em região pouco conhecida”, onde esquadrinhou os vales dos rio Ivaí e Tibagi, tarefa inerente ao projeto ferroviário.

Intitula-se Novo Caminho no Brasil Meridional: a Província do Paraná (Imprensa Oficial do Estado, 1972) a edição brasileira, e o tradutor, Temístocles Linhares, presume que, apesar de mencionar o insucesso de colonos ingleses ao sul do Paraná, o original tenha despertado investidores londrinos para “novos e mais amadurecidos empreendimentos no futuro”. Por exemplo, a colonização de Londrina, “a cuja frente se encontrava esse Lord Lovat, acerca de cujas curiosidades no plano intelectual tão pouco se sabe, mas que deveria ter sido, nos tempos de moço, pelo menos, leitor apaixonado de Bigg- Wither”.


Quando o livro circulou, Simon Joseph Fraser (1871-1933), o futuro 14° Lord Lovat (geralmente nominado 16°), tinha sete anos de idade; o interesse efetivo de investidores britânicos pelo norte paranaense daria sinais em 1919. Nesse ano houve uma exploração entre o Rio das Cinzas e o Laranjinha, relatou Benedito Rodrigues dos Santos (Folha de Londrina 4/2/1982). Tal localização não serviu por causa da vegetação de cerrado a leste, indicando terras menos férteis, e da limitada distribuição de cursos d’água. Nova entrada se dá no último trimestre de 1922, mais a oeste; atravessa o Tibagi e atinge o centro da futura Londrina, onde está o bosque. Santos recordou que trabalhava para ingleses em Chavantes (SP), produzindo alfafa, e participou das duas expedições, acompanhando o general George Rosch (chefe), J. W. Guindo, W. Thompson, os irmãos Rolando e Willie Davids, o engenheiro João de Mello Peixoto e auxiliares.


Daí a origem de Londrina com a Companhia de Terras Norte do Paraná (1925), a compra das glebas e da estrada de ferro (1925-1928) e a fundação do Patrimônio Três Bocas, em 1929. 


-“Pela picada aberta por Joaquim Palhano é que nossa turma, D. Pereira e eu, alargamos em 1928”, rememorou o agrimensor Ludovic Surjus comentando um de seus nostálgicos passeios (1979). “Cedo fui de ônibus até a Anderson Clayton; depois, a pé, contornei o bosque onde se iniciou Londrina, em agosto de 1929.” (*)
 
O lugar está certificado e a data, oficializada pelo Museu Histórico, sempre fora reafirmada por George Craig Smith (1909-1992), até para que não fosse confundida com a da instalação do município: “Londrina, na verdade, nasceu naquela tardezinha de 21 de agosto de 1929, quando o Dr. Alexandre Razgulaeff fincou o primeiro marco ao chegar às terras da Companhia”. Mas Erwin Fröhlich, outra testemunha do fato, anotou o dia 22, mencionando a interrupção da marcha no dia anterior: “Como íamos contando, no dia 21 de agosto pousamos no quilômetro 16, na picada Jataí-Sertão, onde havia uma pequena derrubada de mata. No dia 22 erguemo-nos bem cedo e pusemo-nos a caminho”.

Jornada concluída antes do meio-dia, apesar dos “burros, tão velhacos, que derrubavam a carga de tempos em tempos” e da variedade de insetos atraídos pelo suor humano. “Finalmente, às dez horas da manhã, atingimos uma nascente de água, Flor D’água como era conhecida dos caboclos (hoje Córrego das Pedras), onde começava a vasta área de terra a ser colonizada.”

Alberto Loureiro, Alexandre Razgulaeff, Erwin Fröhlich, Geraldo Pereira Maia, George Craig Smith, Joaquim Benedito Barbosa, Spartaco Bambi (também agrimensor) e outros não nominados na história fundaram o patrimônio, conforme o depoimento de Frölich escrito em 1949 para a revista A Pioneira (n° 5, outubro-novembro). O português Alberto Loureiro morava em Cambará, onde fora convidado pessoalmente por Arthur Thomas para derrubar a mata, no que era especializado. Empreiteiro também da estrada de rodagem, “era considerado (...) verdadeiro marimbondo de braveza e com ele não havia meias-medidas, era tudo na hora certa e nada de falas”, segundo Fröhlich. Desde 1921 no Brasil, o russo Alexandre Razgulaeff aclimatara-se e “compreendia tão-bem o nosso caboclo que parecia um autêntico brasileiro”.

Sucedendo os ranchos dos precursores, o Hotel Campestre e o depósito de materiais da colonizadora foram as primeiras edificações efetivas no marco inicial, de onde a clareira foi expandida para 10 alqueires, abrangendo as áreas mais tarde ocupadas pela Serraria Curotto, Anderson Clayton e a Viação Garcia. “Em 30 de janeiro de 1930 foram inauguradas a balsa sobre o rio Tibagi e a estrada de automóveis até o Hotel Campestre”, anotou Fröhlich. “Uma satisfação enorme, para todos, esse marco avançado da civilização.”

Se ainda existisse, o hotel estaria na rua Santa Terezinha Cambuí e a Damasco, meia quadra abaixo de onde se localizou a entrada de caminhões no pátio da Anderson Clayton. Aos 80 anos do marco inicial, começa o debate entre os que aceitam a construção do Teatro Municipal naquela paragem e os que discordam.

Urbanização exuberante, mas “eldorado” não foi para todos.
 
Widson Schwartz

Garantia absoluta aos compradores foi o emblema da Companhia de Terras Norte do Paraná: mais de 13.000 lotes ainda não tinham escrituras definitivas em 1979, informou Alfredo Nyffeler, então diretor-gerente da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (sucessora da Companhia de Terras). Os proprietários mantinham apenas contratos averbados em cartório, “tal a confiança na seriedade da companhia”. Representavam 10% dos imóveis vendidos desde o início da colonização, da qual resultou “110 unidades urbanas [cidades e sedes de distritos] e mais de 130 mil sítios e fazendas”, conforme a exposição de Nyffeler a O Estado de S. Paulo (4/8/1998).

Contudo, há quem ponha em dúvida se, lá na origem, 80 anos atrás, o propósito seria mesmo gerar o resultado presente, e manifeste o entendimento de que se possa contestá-lo, porque nem todos que aderiram à colonização foram bem-sucedidos. Portanto, não tiveram o seu “eldorado” ou “terra da promissão”.


Para José Joffily, seria “normal admitir” que Lord Lovat veio ao Brasil a serviço dos banqueiros N. M. Rothschild & Sons “e igualmente lícito supor que as terras que ele comprou no Paraná deveriam lastrear supletivamente nossos débitos com os capitalistas britânicos”. Vinculando matanças de índios a devastações florestais em outros continentes e regiões brasileiras, Joffily diz que na prática “foi a filosofia seguida [pelos ingleses] na Rodésia, na Austrália e no norte do Paraná”.
Mas os Irmãos Palhano, agrimensores a serviço do governo já na década de 1920, não encontraram índios dispersos nas áreas que seriam colonizadas, conforme depoimento de Kepler Palhano ao Museu Histórico. E a reserva indígena de Tamarana fora estabelecida em 1900. Historicamente, os conflitos ocorreram na margem direita do Tibagi, o mais localizado envolvendo a reserva dos caingangues em São Jerônimo, demarcada em 1854.

Os conflitos ali motivaram o deputado Arthur Martins Franco a defender no Congresso, na década de 1920, a extinção da reserva em benefício da população não-indígena. Em 1928, porém, a Justiça Federal expediu ordem de despejo da Prefeitura e de todos os moradores da cidade, situada em área dos índios. A ordem não chegou a ser cumprida e arrastando-se o litígio, em 1943 o prefeito José Schelleder sugeriu ao interventor no Estado a mudança da cidade, para fora da terra indígena. Desde a demarcação da reserva até o entendimento final, em 1980, o conflito durou 130 anos.


A proposta de deslocar 20 mil curdos (assírios) do Iraque para o Norte do Paraná indicaria outro propósito e não a colonização que se consumou. Destoa da observação do historiador norte-americano Jeffrey Lesser (citado em artigo de Léo de Almeida Neves), de que a Paraná Plantations se dispôs a ceder um lugar a 66 quilômetros de Londrina, portanto restrito, tendo a Liga das Nações oficializado o pedido ao Brasil, por se tratar de ação humanitária. A Inglaterra concedera a independência ao Iraque em 1932 e temia que os assírios católicos fossem atacados pelo governo muçulmano, o que prejudicaria os interesses econômicos britânicos na região, incluindo o petróleo.


Quando parecia certa a transferência dos assírios, em janeiro de 1934, houve protestos em Curitiba e Rio de Janeiro e o presidente Getúlio Vargas cancelou a autorização.




 

1922 a 1925 - Kepler Gonçalves Palhano - Colégio Salesianos de Santa Rosa - Niterói - RJ


1920 - Héber Gonçalves Palhano - Pirapora do Bom Jesus – SP



SEMINÁRIO MENOR METROPOLITANO

 PIRAPORA DO BOM JESUS – SÃO PAULO

Os seminaristas eram divididos em turmas (menores, grandes e maiores) que levavam em conta três variáveis: tamanho, idade e ano escolar. Possuíam recreios distintos e, por norma disciplinar, não podiam misturar-se nem contatar-se entre si. Era proibida a comunicação. Cada pátio tinha um patrono:  

o        pátio dos menores: São Luiz Gonzaga   

o        pátio dos grandes: São João Batista   

o        pátio dos maiores: São João Vianney



Héber Gonçalves Palhano
São Luiz-MA
Matriculado em 1920



1907 - Joaquim Gonçalves Palhano - Rondônia

Construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, fracasso bilionário que matou 6 mil trabalhadores, entre eles Joaquim Palhano.

 

A má fama de um trecho sinuoso do rio Madeira, na fronteira entre Brasil e Bolívia, correu o mundo no século 19, depois de fracassarem algumas tentativas de se construir uma estrada de ferro junto ao rio, no meio da Amazônia. Mesmo assim, o controverso e megalomaníaco empresário americano Percival Farquhar decidiu bancar o desafio. 

Em agosto de 1907, a Madeira-Mamoré Railway Company foi fundada para tocar as obras de uma via que serviria para escoar para o Atlântico a borracha e outros produtos cultivados na região.

Cinco anos, milhares de mortes e um rio de dinheiro depois (o equivalente a 28 toneladas de ouro ou cerca de 1,2 bilhão de reais em valores atuais – tudo bancado pelo governo), a ferrovia foi inaugurada. 

Mas, em 1912, nossa borracha começava a perder espaço no comércio mundial para a produzida no Sudeste Asiático, o que fez com que a estrada desse prejuízo. Desativada em 1972, ela virou sucata, vendida a uma siderúrgica. 

Hoje, os poucos trilhos que sobraram, tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), estão ameaçados de ficar debaixo d’água pela possível construção de um complexo hidrelétrico em Rondônia.

ESTRADA DE FERRO MADEIRA MAMORÉ - PARTE 1


1890 - Joaquim Gonçalves Palhano - Araucária - PR

 ARAUCÁRIA -  HISTÓRIA DA CIDADE

Na época do descobrimento do Brasil, a região onde está localizada Araucária, já era conhecida como Tindiqüera. Viajantes que aqui estiveram nos séculos XVI e XVII, bem como os mapas da época, localizavam as grandes aldeias indígenas, aparecendo entre estas a de Tindiqüera.
Em 1.668, o Capitão Mor Gabriel de Lara doou uma sesmaria a Domingos Rodrigues da Cunha e seus filhos na região de Tindiqüera. No final do século XVII, eram proprietários de terras na região o Alferes Gaspar Carrasco do Reis, Luiz da Cunha, Garcia Rodrigues Velho, o Capitão Manoel Ricam de Carvalho e o médico prático Paschoal Fernandes Leite, entre outros. Os habitantes de Tindiqüera, bem como de todo Paraná, viviam em extrema pobreza.

Em 1.837, a Capela de Nossa Senhora da Luz de Tindiqüera foi elevada a Capela Curada, um ano depois foram estabelecidas as primeiras divisas do bairro.
Gradativamente, a população foi transferindo-se para as margens do Rio Iguaçu, e a sede do curato de Tindiqüera passa para o local em que estava a capela de "Nossa Senhora dos Remédios do Yguassú".
Através da Lei Provincial Nº 021, de 28 de fevereiro de 1.858, foi criada a Freguezia do Iguassú. Em 1.868, a Freguezia do Iguassú foi desligada de Curitiba e anexada como distrito de São José dos Pinhais até 1.888, quando volta a ser administrado por Curitiba.
A partir de 1.876, começou a corrente imigratória, isto no tempo do Império, principalmente por poloneses seguidos por alemães, italianos, ucranianos, que notavelmente deram à região um surto de progresso. Na década de 1950, iniciou a imigração japonesa.

A criação do Município deve-se ao encaminhamento feito pelo Major Sezino Pereira de Souza (chefe político da região), redigido pelo médico Dr. Victor do Amaral, de uma petição em forma de abaixo-assinado ao então Governador do Estado, o contra-almirante José Marques Guimarães, solicitando que a Freguezia do Iguassú fosse elevada a Vila e logo em seguida, fosse criado o Município.

Assim, pelo Decreto Estadual Nº 40, de 11 de fevereiro de 1.890, foi criado o Município de Araucária, que teve seu nome sugerido pelo Dr. Victor Ferreira do Amaral.

O primeiro administrador de Araucária, como intendente, foi o Major Sezino Pereira de Souza.

A primeira eleição municipal realizou-se no dia 22 de setembro de 1.892, sendo o primeiro Prefeito eleito de Araucária, o Sr. Manoel Gonçalves Ferreira. Em 1.911, foi criado o Termo Judiciário e em 1.919, o Município foi elevado à categoria de Comarca.

O distrito de Guajuvira foi criado em 1.947, e o Município perde temporariamente sua categoria de Comarca, ficando subordinado a São José dos Pinhais por quatro meses. Em 1.949, Araucária recuperou definitivamente sua categoria de Comarca.
A região de Tindiqüera, mesmo não possuindo ouro, atraiu alguns interessados pela pequena região de campos incrustada e cercada por matas onde predominava a Araucária e a Imbuia. O trabalho consistia em cultivar a terra e criar gado em pequena escala, produzindo apenas o suficiente para o sustento das famílias. O isolamento em que viviam e a ausência do mercado consumidor impossibilitava qualquer tipo de comércio.
Surgiu então na região de Tindiqüera, um pequeno porto para canoas, conhecido como Passo das Laranjeiras. A partir daí se ergueu o aglomerado de pessoas que formariam a Vila de Araucária.

Tindiqüera era também passagem obrigatória entre Curitiba e Lapa. No final do século XVIII, a região produzia feijão, milho, fumo, toucinho, erva-mate e trigo.

Quanto à erva-mate, inicialmente, atendia apenas o consumo local. Mais tarde o produto passou a ser exportado.

Araucária era ponto de parada obrigatória para quem transportava erva-mate da Lapa para Curitiba.

Em 1866 a Freguezia do Iguassú contava com 2.565 habitantes, dos quais, 125 eram escravos que trabalhavam na agricultura e nos engenhos de soque.

Os moradores de Araucária se dedicaram à exploração da erva-mate até a década de 1940 quando houve o declínio das exportações para a Argentina, que se tornou auto-suficiente. Este trabalho era uma atividade exclusivamente masculina.

A presença dos imigrantes estrangeiros a partir de 1876 modificou a paisagem da região, com grande desenvolvimento da agricultura.

A exploração comercial da madeira iniciou-se na Freguezia do Iguassú a partir do século XIX, até a década de 1930, quando entra em crise pela devastação das reservas.

O crescimento econômico da região proporcionou a abertura de mercado para outras atividades geradoras de emprego para a população como olarias, cerâmicas, moinhos, fábricas de palhões, de massa de tomate, de caixas de madeira, de linho, de fósforo, de balas, de bolachas e torrefação de café.

Em 1972, com a instalação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas e em 1973 com a criação do CIAR (Centro Industrial de Araucária), ocorreu um crescimento bastante acentuado e uma inversão no quadro populacional, econômico e social do Município, em que a população urbana passou a superar a rural com a vinda de um contingente populacional de vários pontos do país e a economia que se baseava na agricultura e pecuária passou a ser predominantemente industrial/urbana.

Decreto nº 40/1890

O Contra Almirante José Marques Guimarães, Governador do Estado do Paraná, atendendo ao que lhe requerem os moradores da Freguezia do Iguassu e localidades vizinhas decreta:
Art. 1°. O povoado da Freguezia do Iguassú é elevado à categoria de vila, com a denominação de "Araucária".
Art. 2°. A Villa de Araucária será sede de um Município que terá por divisas: a leste, os rios das Antas, Maurício, Iguassu e Barigüy até a estrada da Villa do Rio Negro ao norte, em rumo do oeste, pelos limites da Colônia Thomáz Coelho até o Rio Verde a oeste por este Rio até o Iguassu, na foz do Ribeirão Izabel Alves até sua nascente d’ahi em procura das dos Rios Turvo que corta a estrada da Areia Branca até o Rio da Várzea ao sul por este Rio até a Foz das Antas.
Art. 3°. É nomeada uma Intendência Municipal para a Villa de Araucária, composta dos seguintes cidadãos: Presidente - Major Sezino Pereira de Souza Vice-Presidente - Capitão Veríssimo de Souza Marques Vogaes - Padre Francisco Soja, Major Joaquim Gonçalves Palhano, Antônio Arlindo Pereira, Francisco Ramiro Assis França e Valter Joslin.
Art. 4°. Ficam revogadas as disposições em contrário.
Palácio do Governo do Estado do Paraná, em 11 de fevereiro de 1890.

José Marques Guimarães
Nota: Coleção Histórica de Araucária - Museu Tingüi-Cuera Vol. 1. Agricultura e Indústria - A Memória do Trabalho em Araucária – 1990



Vereadores de Araucária - Paraná -  desde 1890.

Na época da criação do Município de Araucária, em 1890, os primeiros representantes do Legislativo eram chamados “VOGAIS” e eram nomeados. A denominação só persistiu até 1892. Os vogais que exerceram seus mandatos foram:
1 – Padre Francisco Soja 11/02/1890 a 14/06/1890
2 – Major Joaquim Gonçalves Palhano 11/02/1890 a 08/11/1891
3 – Antonio Arlindo Pereira 11/02/1890 a 01/05/1890
4 – Francisco Ramiro de Assis França 11/02/1890 a 28/12/1891
5 – Walter Joslin 11/02/1890 a 08/11/1891
6 – Pedro Hey 01/05/1890 a  07/04/1891
7 – Vicente Calderari 18/06/1890 a 07/04/1891
8 – Manoel Antonio da Rosa  07/04/1891 a 08/11/1891
9 – Manoel da Costa Guimarães 07/04/1891 a 08/11/1891
10 – Antonio Ferreira Mathozo Sobrinho 25/04/1891 a 21/12/1891
11 – Francelisio da Costa Pina 08/11/1891 a 25/09/1892
12 – Manoel Gonçalves Ferreira 08/11/1891 a 21/12/1891
13 – Vicente Calderari   08/11/1891 a 25/09/1892
14 – Pedro do Valle Ribeiro   21/12/189 a 25/09/1892
15 – Joaquim de Oliveira Mello 21/12/1891 a 25/09/1892

01/01/70 02:01

1888 - Treze de Maio na Fazenda de Fabio Palhano

Continuava a correr plácidamente a vida na fazenda. Mas na casa grande eram crescentes as apreensões pelo precário estado de saúde de meu avô. ( 1)
A feridinha que surgira sob a língua (arranhadura de um caco de dente), persistia em não querer sarar e ia pouco a pouco tomando vulto. 
Minha mãe (2) era a incansável enfermeira do bom velho, ela mesma fazia os curativos diários e preparava-lhe o substancioso pirão de farinha de mandioca com carne socada, inventado para atender à crescente dificuldade de mastigação. O velho, porém, não queria deixar o seu longo e antigo cachimbo, cheio de fumo forte; o afamado fumo do Codó, conhecido em toda a Província. O mais que minha mãe conseguia, fora lavar e secar aquele fumo negro, depois de saído da pequena máquina de picar, fixa no peitoril da varanda, do lado da estribaria. 
Os negócios do velho também não andavam bem naquele ano para sempre memorável de 1.888. O cunhado, negociante em São Luiz, não pudera pagar ao banco os Contos de Reis, (tenho uma idéia de que eram 13, se não 30) de que me avô lhe fora fiador... 
Apesar disso, tinha o velho, de vez em quando, uns fortes acessos de altruísmo em que queria libertar os escravos; pelo menos alguns entre eles. 
E nisto chega o mês de maio. 
Lá para o dia 14 ou 15 apresenta-se na fazenda um positivo, chegado da Vila com a notícia da abolição, decretada no Rio de Janeiro, pela benemérita Princesa Imperial Regente e pelo, não menos benemérito, Conselheiro João Alfredo Corrêa de Araújo. A nova tinha vindo da Corte pelo telégrafo e se espalhava rapidamente por todo o país... Era noite, ainda cedo. Meu avô, nessa mesma hora, quis que se comunicasse a boa nova aos ex-escravos. O sino da varanda começou desde logo a badalar em frente à capela, e os pretos, intrigados com a extemporânea chamada, se foram reunindo no pátio em frente, mal iluminado pela luz pálida dos candeeiros de azeite, que tinham vindo para cima do peitoril. 
Tio Otaviano, (3) o antigo autor dos versos abolicionistas, foi o incumbido de anunciar o grande fato:

Vocês estão todos livres! Não há mais escravos no Brasil!

Silêncio... Parece que ninguém dá crédito a tão inesperadas palavras. Todos os brancos nos achamos debruçados, sorridentes, ao peitoril, com exceção de Tio Otaviano, que agora desce e vai se colocar no meio dos pretos:

Vocês não são mais escravos! Estão todos forros!

Começa a surgir um crescente murmúrio. Mas não há ainda nenhum grito, nenhuma exclamação de júbilo. Tio Otaviano prossegue:

Agora vocês devem ser muito gratos a quem lhes acaba de dar a liberdade. E se enchendo de entusiasmo:

Viva a Princesa Imperial Dona Isabel!


Viva!! Responderam os pretos, muito menos inflamados...

Viva Joaquim Nabuco!

Viva José do Patrocínio!

Viva!! 

 Agora vão brincar tambor, vão se divertir...
 Só então os pretos começaram a entender... E lá se partem em busca dos tambores e da lenha para a fogueira, a discorrerem sobre a Rainha que os tinha livrado do cativeiro. Meu avô deu ordem ao feitor para matar um boi e um cevado na manhã seguinte, mandou que distribuíssem logo café e algumas garrafas de cachaça para a festa. E o tambor troou todo o resto da noite. Adormeci ao som das cantigas:


Meu benzim tá má comigo 
eu não sei promóde quê.
Se eu lhe fiz arguma coisa 
pegue na peia e me dê.

Ê Niculau
sela cavalo Niculau
sela cavalo, Niculau!

Na manhãs seguinte, o sítio continuou animado, cheio de caras alegres e de saias domingueiras. Várias pretas fizeram, a seu modo, uma manifestação de simpatia a minha Avó: tomaram espontâneamente das suas cabaças e foram enchê-las ao açúde para rega das "plantas da Dondon". Vejo-as bem, em fila, na direção da horta, cujo coxo ou depósito d'água não tardou em ficar inteiramente cheio. 


(1) Fabio Alexandrino Matos Palhano
      Fazendeiro da região do Codó. Era proprietário da fazenda Mata Virgem, localizada junto ao Rio Itapecuru, a 72 km da Cidade de Codó. Nasceu e foi criado na Fazenda Bacabal. Em meados do século XIX possuia um grande número de escravos e produzia algodão em sua fazenda. Foi à falência.



(2)Luiza Carvalho Palhano - Filha de Fabio Palhano e Benigna Carvalho Palhano, esposa de Luiz Canuto de Jesus


(3) Otaviano Carvalho Palhano - Filho de Fabio Palhano e Benigna Carvalho Palhano

Engenheiro
JOSÉ PALHANO DE JESUS

Nasceu em Codó (MA) em 25 de maio de 1875. Nordestino de origem, tendo dedicado grande parcela de sua capacidade às obras da região, foi convocado a atuar de forma mais decisiva em seu favor, quando em
25 de março de 1927 foi designado Inspector Federal de Obras Contra as Secas, cargo que exerceu até 30 de novembro de 1930. Época em que escreveu esse livro, publicado em 1950.

1733 - Estêvão de Souza Palhano - Palhano - CE


A Cidade de Palhano entra para a história do Ceará em 24 de outubro de 1733 quando foi feita a doação de uma Sesmaria de três léguas de terra aos senhores Coronel Manuel Gonçalves de Souza e ao Tenente-Coronel Estêvão de Souza Palhano, à margem do Riacho da Cruz, por serem descobridores do mesmo. 

A sesmaria denominada Cruz do Palhano, do Tenente-Coronel Estêvão de Souza Palhano, foi o primeiro povoado registrado na história do Ceará, na região onde hoje localiza-se o município de Palhano.
Em 18 de Agosto de 1882 um Ato provincial transforma a sesmaria do Sr. Estêvão em distrito, com a denominação de Cruz do Palhano subordinado ao município de São Bernardo de Russas. Pela lei provincial nº 2155, de 12 de agosto de 1889, transfere-se o distrito para município de União; E pelo decreto nº 58, de 4 de setembro de 1890, o distrito de Cruz do Palhano volta a pertencer ao município de São Bernardo das Russas.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o distrito de Cruz de Palhano, figura no município de São Bernardo das Russas. E Pelo decreto nº 448, de 20 de dezembro de 1938, o distrito de Cruz de Palhano passou a denominar-se Palhano e o município de São Bernardo das Russas a denominar-se simplesmente Russas. 

Em divisão territorial datada de 1 de julho1950, o distrito de Palhano, figura no município de Russas. Assim permanecendo em divisão territorial1 de julho de 1955. O distrito de Palhano foi elevado à categoria de município com a denominação de Palhano, pela lei estadual nº 4076, de 08 -05 -1958.

 


 
A história do nome de Palhano

Há uma grande duvida sobre a origem do nome Palhano que vem do antigo nome “Cruz do Palhano”, pode ser uma homenagem ao riacho (Riacho da Cruz) e ao sobrenome do primeiro morador (Sr. Tenente-Coronel Estêvão de Souza Palhano) ou pelo mito popular do Sr. José Palhano e o Cruzeiro por ele encravado e bento pelo Frei Davi, numa de suas missões no ano 1901. Muitos atribuem o nome do município à palha oriunda da carnaubeira, vegetal de existência abundante na região. Outros que apontam a passagem da família Palhano pela região como a causa da nomenclatura.



Datas e Fatos para História do Ceará, página 188