Romualdo Rodrigues Palhano é graduado em Licenciatura Plena em Educação Artística com habilitação em Artes Cênicas, pela Universidade Federal da Paraíba. Instituição onde também concluiu Mestrado em Serviço Social, sendo seu objeto de investigação o Teatro Comunitário. Residiu por dois anos em Havana – Cuba, onde iniciou seu doutorado. É Doutor em Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.
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Romualdo Palhano conta história do teatro em Itabaiana
Romualdo Rodrigues Palhano é graduado em Licenciatura Plena em Educação Artística com habilitação em Artes Cênicas, pela Universidade Federal da Paraíba. Instituição onde também concluiu Mestrado em Serviço Social, sendo seu objeto de investigação o Teatro Comunitário. Residiu por dois anos em Havana – Cuba, onde iniciou seu doutorado. É Doutor em Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.
Famíia Palhano - Mato Grosso - O Pacto da Figueira - Dourados
Isaac Duarte de Barros Junior - advogado criminalista, Jornalista. *
Pedro Palhano - "A mudança do nome de Mato Grosso do Sul"
Dizem que o povo tem memória curta, mas se é verdade, vamos voltar a falar a cerca do projeto de Lei número 003/2009 que foi noticiado pela imprensa quando o governador Andrea Puchinelli, empolgado com a candidatura de Campo Grande para sedear jogos da Copa, induziu os deputados Jerson Domingos e Paulo Corrêa ao erro. Os deputados chegaram a ser alertados da inconstitucionalidade da matéria, mas insistiram na ideia a pedido do governador, sendo tal noticiado no portal da TV Morena em 11/02/2009 em matéria publicada pelo jornalista Edmir Conceição. A finalidade do projeto de lei era a mudança do nome da rodovia Dourados/Itaporã para homenagear a atriz Luiza Botelho da Silva, nascida em Itaporã, conhecida pelo nome artístico de Luiza Brunet, cuja rodovia foi ao mesmo tempo duplicada recentemente.
Os ditos deputados e o governador deram com os burros n´água, sendo eles Jerson Domingos, campo-grandense, presidente da Assembleia e Paulo Corrêa, paulista. Quanto ao governador que não é brasileiro nato, mas devia conhecer a lei, afinal já exerceu mandato de deputado estadual e federal, como os dois deputados estaduais, são legisladores e não deviam ter tentado passar a carreta na frente dos bois.
Conforme preceitua a Lei Federal número 6.454/77, é proibido em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da Administração Indireta”. Foi o que aconteceu, a população reagiu e assim só ficou na vontade, pois outrora muitas gentes vivas foram homenageadas, agora muitos nomes deles serão retirados, pois houve infringência à lei maior.
Na ocasião os descendentes da família Palhano reagiram em tom de guerra contra a intenção dos três políticos, visto que almejaram trocar o nome da Rodovia Pedro Palhano, instituído através da lei estadual número 1.598, de 25 de julho de 1995, assinada pelo então governador Wilson Barbosa Martins pelo da atriz que deixou nossa terra pequena e que não se apresenta como nossa conterrânea e nunca defendeu nosso estado, pois é uma pessoa conhecida na mídia nacional que, voluntariamente poderia já ter se pronunciado em defesa do nome correto do nosso estado, bem como da capital ou ela não conhece também a geografia de Mato Grosso do Sul?
Na ocasião o projeto chegou a ser incluído na pauta e publicado no diário oficial do estado e no site da assembleia e após o vexame foi retirado, tendo o deputado Paulo Corrêa o único, educadamente pedido desculpas à população.
Passado esse vexame, agora aparece o deputado Antônio Carlos Ribeiro Arroyo, paulista de Nova Granada, fazendeiro na região de Miranda, após conseguiu aprovar em primeira discussão, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional), número 005/2011, que prevê realização de plebiscito para a mudança do nome de Mato Grosso do Sul.
Pela proposta, de autoria do deputado e subscrito por vários parlamentares, os quais gostaria de saber quem são eles, cujo plebiscito só poderá ser realizado concomitantemente com as eleições gerais, tendo a proposta acrescentado dois incisos ao artigo 4º da Constituição Estadual sobre o plebiscito.
A desculpa da mudança do nome do Estado voltou à tona em maio, quando totens na Câmara dos Deputados apontavam os parlamentares de Mato Grosso do Sul como de Mato Grosso. Mas qual foi a reação dos nossos deputados federais diante da situação? Ficaram calados. Seria o momento muito oportuno para se apresentarem em alguns programas de grande audiência nacional e dar uma aula de história e geografia, pois é ensinando aos ignorantes que se se espalha o conhecimento.
Nós sulmatogrossenses não podemos concordar com a mudança do nome de nosso Estado, só porque o resto do Brasil não conhece nossa história e geografia. O que está faltando é atuação, precisamos de alguém de coragem, preparada, bem intencionada, afinal nós somos inteligentes, nossa população é jovem e não devemos nada aos outros estados. O que existe é uma ignorância dos cidadãos de fora que trocam o nome do nosso estado, sua capital. Imagino que talvez nem conheçam bem sua região, afinal poucos leem, estudam e conseguem até chegar ao poder, a maioria através do poder econômico e com isso nada contribuem. Os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul são pessoas com curso superior, médicos, advogados e dos três senadores nossos dois têm curso superior, sendo um médico e o outro engenheiro e são sul-mato-grossenses também.
Muitos legisladores chegam no Congresso sem saber elaborar um requerimento e representam a população brasileira, eleitos por eleitores que nem sabem para que serve o voto e quando chegam ao congresso viram piadas humorísticas na televisão.
O importante é que nascemos mato-grossenses e por causa da divisão nos tornamos sul-mato-grossense. O Padre Raymundo Pombo num debate antes da divisão do Estado de Mato Grosso no teatro da Faculdade Dom Bosco em 1976 disse que a divisão do estado ia somente atender a vontade de políticos interessados em locupletar-se de nossas riquezas e isso está comprovado nesses 34 anos. Muita gente se enriqueceu e um percentual mínimo de políticos trabalha para o bem da população.
Os erros dos ignorantes de outros estados, não é motivo para mudança de nome, afinal o que falta aos nossos deputados é um trabalho mais atuante, tanto aqui como lá em Brasília no sentido de divulgar o nosso estado, pois infelizmente a maioria dos políticos desconhecem as leis, vejam o caso do vexame acima citado ao quererem mudar o nome da rodovia Pedro Palhano.
O nobre deputado novagranandense, devia se preocupar com algo mais importante, pois tentar mudar o nome do estado é jogar granada nos sul-mato-grossenses, visto que não nasceu em nosso estado, imagino que seria o último a dar esta sugestão. Aqui chegou do interior do Estado de São Paulo, onde nasceu, foi funcionário do governador Pedro Pedrossian na década de 80, casou-se com sua sobrinha, tornou-se fazendeiro em Miranda e por influencia da população da região tornou-se deputado.
Depois da sua tentativa frustrada em chegar ao Tribunal de Contas, aparece com essa ideia absurda. Assim, requeiro aos demais deputados que votem pela rejeição da matéria e seja mandada para aquele lugar que ela merece. O deputado Arroyo devido à convivência que teve com o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, conhecido por Zeca do PT, nos anos que esteve ao seu lado dando sustentação na assembleia, talvez foi influenciado pelas suas ideias de mudança do nome para Estado do Pantanal. No meu entendimento o deputado que representa a região pantaneira, quer tirar proveito de seus eleitores na região pantaneira. Seria mais importante sua preocupação em lutar pela preservação do meio ambiente daquela região, pela volta do trem passageiro que foi retirado a partir da privatização e era muito útil àqueles cidadãos. Ali tem um pouco do suor do feitor português Francisco Ferreira, cuja rua principal de Duque Estrada leva o seu nome.
Eu termino este artigo com as palavras singelas do douradense em sua entrevista ao Jornal O Progresso: “A mudança do nome é um absurdo. O que o Estado precisa fazer é divulgar mais suas ações e ganhar mais visibilidade. O prejuízo causado com a troca de documentação de todas as secretarias e órgãos ligados ao Estado é muito grande”, José Ferreira Gonçalves (Zé Tubaína), repórter fotográfico.
Senhores deputados, não tirem o nosso direito de sermos chamados de sul-mato-grossenses, como Vossa Excelência Deputado Arroyo, deve ter orgulho de ser paulista e filho de Nova Granada-SP.
José Tibiriçá Martins Ferreira, advogado, licenciado em Letras com Inglês, segundo tenente reservista e produtor rural no Distrito de Picadinha.