LAURO PALHANO EXISTIU!!!



Nome: Juvêncio Lopes da Silva Campos
Pseudônimo: Lauro Palhano
Ano de Nascimento: 1881
Local de Nascimento:
Ano da Morte:
Local da Morte:
Fonte do autor(a): COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Academia Brasileira de Letras, 2001: 2v.
Descrição: Seu primeiro romance retrata o ambiente proletário, e o segundo a vida nos seringais. São documentos da existência humilde dos trabalhadores


Obras do Autor Cadastradas
Título da Obra Gênero Ano / Sec. Acesse a Obra Críticas
Marupiara
1935

O Gororoba
1931

Paracoera
1939

Fatos Históricos Relacionados
Início Fim Descrição
1840 1889 Segundo Reinado - D. Pedro II governa o Brasil
1870 1889 Declínio do Império no Brasil
1882 1882 Escola do Recife
1883 1883 início da Questão Militar
1884 1884 Extinção da escravidão no Ceará, Maranhão, Amazonas e alguns municípios do RS
1885 1885 Lei dos Sexagenários
1886 1886 Fundação da Sociedade Promotora de Imigração
1888 1888 Abolição da Escravatura
1889 1889 Proclamação da República, em 15/11
1889 1890 Encilhamento
1889 1930 Política: República Velha
1890 1890 Eleita a Assembléia Constituinte
1890 1890 Primeiras revoltas das categorias profissionais urbanas
1891 1894 Governo Floriano Peixoto
1891 1891 promulgada a primeira Constituição Republicana brasileira
1891 1891 Deodoro da Fonseca fecha o Congresso Nacional
1892 1892 Revolução Federalista do Rio Grande do Sul
1893 1893 Revolta da Armada
1893 1893 Revolução Federalista no sul
1893 1893 Antes do cientista Guglielmo Marconi testar seu primeiro experimento, o padre brasileiro Roberto Landell realizou, do alto da Avenida Paulista para o alto de Santana, as primeiras transmissões de telegrafia e de telefonia sem fio
1894 1898 Política: Governo Prudente de Morais
1894 1894 Inauguração da Biblioteca Infantil Quaresma
1895 1895 A Coréia declara a sua independência da China
1896 1897 Revolta de Canudos
1896 1896 Ciência: o físico francês Henri Becquerel descobre uma nova propriedade da matéria, a radioatividade
1897 1897 Cultura: Inauguração da Academia Brasileira de Letras
1897 1897 Destruição do Arraial de Canudos
1898 1902 Governo Campos Sales
1900 1900 O Senado dos Estados Unidos ratifica a decisão da Conferência de Paz de Haya sobre a criação de um Tribunal Penal Internacional.
1901 1901 Cisão no Partido Republicano Paulista
1902 1906 Política: Governo Rodrigues Alves
1902 1902 Segundo Congresso Socialista Brasileiro em São Paulo
1904 1904 Revolta da Vacina
1906 1910 Governo Afonso Pena
1906 1906 Convenção de Taubaté (medidas de proteção ao café)
1906 1906 Em Paris, Santos Dumont vôa com o 14-BIS
1906 1906 Um pacto policial entre Brasil, Argentina, e Uruguai é firmado contra o movimento anarquista nos três países
1907 1907 Afonso Pena aprova a Lei do Serviço Militar Obrigatório
1907 1907 Pablo Picasso expõe o quadro Les Demoiselles d´Avignon, em Paris, inaugurando o cubismo
1908 1908 Chegam ao Brasil os primeiros imigrantes japoneses (781 pessoas)
1909 1909 Filippo Marinetti inicia o Movimento Futurista
1910 1914 Governo Hermes da Fonseca
1910 1910 Campanha Civilista de Rui Barbosa
1910 1910 Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro
1912 1916 Guerra do Contestado
1913 1913 Abertura do Canal do Panamá
1913 1913 Começa a Segunda Guerra dos Bálcãs
1913 1913 Primeira transmissão telefônica sem fio entre Nova York e Berlim
1914 1918 Política: Governo Wenceslau Brás
1914 1914 Henry Ford, fundador da Ford, anuncia um novo sistema na linha de montagem de sua fábrica, que reduzia de 12,5 horas para 93 minutos a produção de um carro
1915 1919 Governo Nilo Peçanha
1915 1915 Início da Biblioteca Infantil Melhoramentos
1915 1915 Primera Guerra Mundial: Batalha naval entre britânicos e alemães em Doggerbank e Helgoland
1915 1915 Primeira Guerra Mundial: primeiro bombardeio aéreo massivo registrado pela história, realizado por aviões franceses contra as fábricas alemãs de explosivos
1915 1915 Primeira Guerra Mundial: é selado um acordo secreto entre os aliados e a Itália, que oferece a este país compensações territoriais caso ele declare guerra contra a Áustria
1917 1917 Brasil declara guerra à Alemanha
1917 1917 Estudantes de São Paulo criam a Liga Nacionalista
1917 1920 Revolução Russa
1919 1919 Criação do Fascismo na Itália
1919 1919 Fundação do Partido Nazista na Alemanha
1919 1919 Iniciada a conferencia de paz de Versalhes que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial
1919 1919 Assassinato em Berlim de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, fundadores do Partido Comunista alemão
1919 1919 rimeira reunião do Parlamento irlandês, em que se confirma o estabelecimento da República deste país
1919 1919 É inaugurado o primeiro Congresso Internacional Comunista (Komintern)
1920 1920 Primeiro dia em que deixou-se de publicar os jornais na Espanha, como conseqüência da implantação do descanso dominical para os jornalistas e trabalhadores da imprensa
1921 1921 Nasce o Partido Comunista Italiano, encabeçado por Gramsci, que pertencia ao Partido Socialista
1921 1921 Conferência dos países aliados (Paris) estabelece que a Alemanha deve pagar, em 42 anualidades, 226 milhões de marcos por indenizações da guerra
1922 1922 Levante Tenentista do Forte de Copacabana
1922 1922 Cultura: Semana de Arte Moderna
1922 1922 Fundação do Partido Comunista do Brasil
1922 1922 Mussolini toma o poder na Itália
1922 1922 a Rússia torna-se União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
1924 1924 Levante Tenentista em São Paulo
1924 1924 Começa a guerra civil em Honduras
1924 1924 Mahatma Gandhi, líder nacionalista indio, é liberado da prisão
1924 1924 Morre Vladimir Lênin, líder da Revolução Russa de 1917. Ele foi o primeiro presidente comunista do país
1924 1924 Literatura: É publicado O Processo, a primeira das grandes novelas de Franz Kafka
1925 1927 Coluna Prestes
1925 1939 Desenvolvimento dos Estados Totalitários na Europa
1927 1927 Congresso Regionalista do Recife
1927 1927 primeira sessão de um fime em 35mm com som é apresentada em Nova York. O filme foi The Jazz Singer (O Cantor da Jazz), de Alan Crosland, protagonizado por Al Jolson e produzido pela Warner Brothers
1929 1929 Mundo, economia: Quebra da Bolsa de Nova York
1929 1929 Crise do café no Brasil
1929 1929 Formação da Aliança Liberal entre RS e MG
1930 1945 Primeiro governo de Getúlio Vargas
1930 1930 Fim da República do Café com Leite (República Velha)
1932 1932 Revolução Constitucionalista em São Paulo
1933 1933 Início do III Reich, na Alemanha
1933 1933 Instituição do direito de voto às mulheres no Brasil
1933 1933 Os Estados Unidos reconhecem oficialmente a URSS
1933 1933 Fundação do Partido Integralista
1933 1933 Na Alemanha nazista é iniciada a perseguição contra os judeus. O governo pede que sejam boicotados todos os empreendimentos cujos donos sejam judeus
1934 1934 Promulgada a segunda Constituição do Brasil
1934 1934 Assinado um acordo franco-italiano para regular os limites e fronteiras das colônias da Africa
1935 1935 Intentona comunista liderada por Luiz Carlos Prestes
1935 1935 Lei de Segurança Nacional contra a subversão
1935 1935 A Islândia se torna o primeiro país a legalizar o aborto por motivos médicos e sociais
1936 1939 Guerra Civil Espanhola
1937 1945 Estado Novo
1937 1937 Promulgada a terceira Constituição do Brasil: a "Polaca"
1937 1937 O Brasil suspende os seus pagamentos da dívida externa
1937 1937 Criação do Instituto Nacional do Livro
1938 1938 Criação do Conselho Nacional do Petróleo
1938 1938 Morre Virgulino Ferreira, o Lampião
1938 1938 04/02 - Hitler se autoproclama comandante supremo das forças armadas alemãs
1939 1945 Conflito: Segunda Guerra Mundial
1939 1939 Criação da Companhia Siderúrgica Nacional
1939 1939 Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP)
1939 1939 Guerra Civil espanhola: as tropas franquistas entram em Barcelona
1940 1940 Criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira (FAB)
1940 1950 Desenvolvimento da ficção intimista
1940 1940 Instituição do salário mínimo no Brasil
1940 1940 02/02 - É realizada em Belgrado a Conferência de Paz dos Estados balcânicos
1940 1940 Conflito: Segunda Guerra Mundial: as forças alemãs conquistaram a Dinamarca, a Holanda, a Bélgica, a Noruega e a França
1941 1941 A Columbia Broadcasting System realiza a primeira demonstração de uma tela de televisão em cores
1941 1941 Conflito: Segunda Guerra Mundial: A guarnição italiana de Tobruk (Líbia) rende-se às forças aliadas
1942 1942 Brasil entra na Segunda Guerra
1942 1942 Conflito: Segunda Guerra Mundial: Batalha de Stalingrado
1942 1942 Conflito: Segunda Guerra mundial: começa a contra-ofensiva alemã no norte da África
1942 1942 Conflito: Segunda Guerra Mundial: O presidente Getúlio Vargas decreta o confisco de bens de imigrantes alemães e italianos
1943 1943 Conflito: Segunda Guerra Mundial: Os aliados adotam na Conferência da Casablanca o princípio de
1943 1943 Conflito: Segunda Guerra Mundial: começam os bombardeios aéreos sistemáticos dos aliados contra o Reich
1943 1943 Conflito: Segunda Guerra Mundial: a Alemanha recruta todos os homens de 16 a 65 anos
1944 1944 Conflito: Segunda Guerra Mundial: o Brasil envia tropas à Itália
1944 1944 Conflito: Segunda Guerra Mundial: tropas aliadas aterrizam em Anzio, perto de Roma, e empreendem a conquista da Itália
1945 1945 Queda do Estado Novo
1945 1945 Conflito: Segunda Guerra Mundial: em 6 de agosto, os EUA lançam a bomba atômica sobre Hiroshima (Japão)
1945 1945 Congresso Brasileiro de Escritores em SP
1945 1945 Apogeu do rádio do Brasil
1945 1945 Conflito: Segunda Guerra Mundial: Conferêencia de Yalta (Crimea): Roosevelt, Churchill e Stalin tratam dos problemas derivados da II Guerra Mundial e estabelecem as respectivas zonas de influência na Europa.
1945 1945 Conflito: Segunda Guerra Mundial: em 09/08, EUA lançam a bomba atômica sobre Nagasaki (Japão)
1945 1945 Conflito: Segunda Guerra Mundial: em 15/08, rendição incondicional do Japão
1945 1945 Conflito: Segunda Guerra Mundial: a bordo do encouraçado Missouri, os norte-americanos entram na baía de Tóquio e é assinada a paz, pondo fim à Segunda Guerra, depois de 6 anos e 50 milhões de mortos
1945 1945 25/04 - Conferência de São Francisco cria a Organização das Nações Unidas
1945 1945 Conflito: Segunda Guerra Mundial: as tropas nore-americanas desembarcam em Okinawa, etapa prévia à entrada no Japão
1945 1945 O Brasil estabelece relações com a União Soviética
1946 1946 Promulgada a quarta Constituição do Brasil, de cunho liberal
1946 1950 Governo Eurico Gaspar Dutra
1946 1946 Proclamação da República da Hungria
1946 1946 A ONU cria o Conselho de Segurança
1946 1946 Guerra Fria: O primeiro-ministro inglês, Winston Churchill, usa pela primeira vez a expressão "cortina de ferro" para designar os limites da Europa sob o domínio comunista
1947 1947 As tropas britânicas retiram-se da Palestina
1947 1947 Dissolução dos partidos anticomunistas na Polônia e na Hungria
1948 1948 Plano SALTE
1948 1948 Brasil rompe relações com a União Soviética
1948 1948 Aprovação da Declaração dos Direitos do Homem (ONU)
1948 1948 Cultura: criação do Clube do Livro
1948 1948 O Tribunal Supremo dos Estados Unidos declara a igualdade de educação para brancos e negros
1948 1948 Mahatma Gandhi, o maior líder nacionalista hindu e pacifista, é assassinado aos 78 anos a tiros por um jovem fanático
1949 1949 Vitória da Revolução Chinesa
1950 1950 Fundação da Cinematográfica Vera Cruz
1950 1954 Política: segundo governo de Getúlio Vargas
1950 1950 Inauguração da PRF-3 TV TUPI, primeira emissora de televisão do país
1950 1950 A ONU concede independência à Líbia

Marcia |Palhano

MÁRCIA PALHANO DA CRUZ, 28, E MARCOS ROBÉRIO DOS SANTOS, 26
Em contraponto aos políticos descompromissados de Dom Pedro ( Dom Pedro  era um povoado de Codó.), novas e ativas lideranças trazem esperança de mudança para o município. É o caso de Márcia Palhano da Cruz, 28 anos, e Marcos Robério dos Santos, 26. Militante da Pastoral da Terra, que conquistou os corações da população da região com a ação desprendida de dom Marco Bassani (hoje em Grajaú), Márcia tem incomodado bastante os acomodados edis dom-pedrenses. Da mesma forma, Robério faz um trabalho comunitário intenso, principalmente nos povoados mais desassistidos.

Alexandre Costa e Adalberto Pereira impediram, aos empurrões, que moradores acompanhassem uma sessão da Câmara Municipal
POR OSWALDO VIVIANI
Em contato com a Redação do Jornal Pequeno, ontem, a líder comunitária Márcia Palhano da Cruz acusou dois vereadores de Dom Pedro (a 324 km de São Luís) de truculência e agressão física. Segundo Márcia, Alexandre Carvalho Costa e Adalberto Rodrigues Pereira (ambos do PSC) impediram, aos empurrões, que ela e outros seis moradores do Bairro do Filipinho (um dos mais desassistidos da cidade) acompanhassem uma sessão da Câmara Municipal, ontem pela manhã, na qual os moradores reivindicariam uma solução para a falta d'água crônica do Filipinho.
Adalberto Pereira, segundo Márcia, teria começado um "bate-boca" com ela, pelo fato de a líder comunitária tecer constantes críticas à ociosidade dos vereadores de Dom Pedro. Reportagem do caderno especial JP na Estrada apurou que oito dos nove vereadores dom-pedrenses não apresentaram sequer um projeto na atual legislatura (1 ano e 10 meses).
Alexandre Costa teria entrado na discussão, afirmando que Márcia era "persona non grata" na Câmara e que estava proibida de entrar no local. Ato contínuo, de acordo com Márcia, Alexandre a empurrou bruscamente e trancou a sala na qual os vereadores - quatro no total - se reuniam. Além de Alexandre e Adalberto, estavam presentes os vereadores Zaqueu de Sousa Pereira (PSC) e Raimunda Alves Costa de Sousa, a "Raimundinha" (PRP).
O caso foi parar na Delegacia de Polícia de Dom Pedro, onde Márcia Palhano registrou ocorrência. O delegado Otávio Cavalcante Chaves Filho mandou um agente ir até a Câmara para conduzir à delegacia os dois vereadores envolvidos na confusão, mas eles já haviam deixado o local. Adalberto Pereira e Alexandre Costa foram reconvocados pelo delegado de Dom Pedro para prestar esclarecimentos às 16h30 da próxima segunda-feira.
Episódio parecido já havia acontecido em abril passado, quando integrantes de pastorais sociais, sindicatos e igrejas evangélicas e católicas de Dom Pedro, que cobravam maior empenho dos vereadores, foram impedidos de entrar na Câmara e chamados de "vagabundos" por uma funcionária da Casa.
Na ocasião, o delegado Otávio Cavalcante enviou uma carta ao promotor da Comarca, José Jaílton Andrade Cardoso, relatando os fatos e confirmando a ausência rotineira dos vereadores nas sessões da Câmara.

No Brasil, militares são processados por torturar Dilma Rousseff e assassinar seis pessoas durante a ditadura

Por ANTONIO CARLOS LACERDA
Correspondente Internacional, Zwela Angola


SÃO PAULO/BRASIL (ZWELA ANGOLA) - No Brasil, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) ingressou na Justiça com uma Ação Civil Pública contra três militares aposentados das Forças Armadas e um da Polícia Militar, pelo assassinato de seis pessoas e tortura de outras 20, todas presas pelo Exército, entre 1969 e 1970, durante a ditadura militar.

Homero Cesar Machado, Innocencio Fabrício de Mattos Beltrão e Maurício Lopes Lima, das Forças Armadas e o capitão João Thomaz, da Polícia Militar de São Paulo foram acusados formalmente pelo MPF-SP de participação na morte e no desaparecimento de, pelo menos, seis pessoas e de torturar 20 presos políticos detidos pela Operação Bandeirante, criada e montada pelo Exército no final da década de 1960, durante o regime militar.
A ação é assinada pelo procurador regional da República Marlon Alberto Weichert e os procuradores Eugênia Augusta Gonzaga, Jefferson Aparecido Dias, Luiz Costa, Adriana da Silva Fernandes e Sergio Gardenghi Suiama

Os seis procuradores federais esperam que os quatro militares sejam considerados responsáveis pelas violações aos direitos humanos, condenados a ressarcir os cofres públicos pelas indenizações pagas pelo Estado às vítimas e parentes e a pagar uma indenização a título de reparação por dano moral à coletividade.

Os procuradores federais querem, também, que a Justiça Federal do Brasil casse as aposentadorias dos quatro militares acusados de assassinatos e torturas, mas, ainda, não sabe informar o valor total das reparações.

Na ação, os procuradores citam 15 episódios que, segundo eles, resultaram na morte de seis pessoas, entre elas Virgílio Gomes da Silva, o Jonas, apontado como líder do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969.

Há ainda citações a casos de tortura contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, presa em 1970, e o religioso Frei Tito, que se suicidou em 1974 em decorrência de sequelas das sessões de tortura, segundo depoimentos de pessoas que conviveram com ele.
O procurador regional da República, Marlon Alberto Weichert, citou o caso de Jonas para exemplificar como os agentes do Estado atuavam para obter confissões. Além de prender um irmão do militante político, os agentes da Operação Bandeirantes detiveram a mulher, Ilda, e três dos quatro filhos de Jonas. Ilda foi torturada e viu uma das crianças, ntão com quatro meses, recebendo choques elétricos.

“Temos relatos de torturas e de violações da dignidade da pessoa humana que mostram que esses quatro agentes não estavam apenas cumprindo ordens, mas sim, que se encaixaram perfeitamente nesse esquema repressivo”, disse o procurador.

Para Marlon Alberto Weichert, os acusados também abusavam da violência por vontade própria e, portanto, não podem argumentar que estavam apenas cumprindo ordens de seus superiores.

“Essa foi a justificativa de vários oficiais e soldados nazistas para as barbaridades praticadas durante a 2ª Guerra Mundial. Ainda que houvesse uma ordem superior para torturar, sequestrar e matar, qualquer pessoa sabia que se tratava de uma atitude contrária ao regime jurídico nacional e internacional”, enfatizou o procurador Weichert.

Desde 2008, esta é a quinta vez que o MPF ingressa na Justiça para obter a responsabilização civil dos envolvidos com violações de direitos humanos durante o regime militar.

Além das demandas contra os acusados, os procuradores também acionam a União e o Estado de São Paulo para que sejam obrigados a pedir desculpas formais pelo episódio e tornar públicas todas as atividades da Operação Bandeirantes, divulgando, inclusive, nomes de todas as pessoas presas legal ou ilegalmente pelo órgão e das pessoas físicas ou jurídicas que contribuíram financeiramente com a operação.

O trabalho do MPF se baseou em depoimentos dados a tribunais militares por diversas vítimas da Oban (compilados no Projeto Brasil Nunca Mais) e informações mantidas em arquivos públicos, além de testemunhos de algumas vítimas. São citados os casos de Frei Tito, que se suicidaria quatro anos depois por sequelas da tortura, e da presidente eleita Dilma Rousseff, presa e torturada em 1970.

Ilda não só foi torturada como obrigada a assistir a aplicação de choques elétricos em sua filha Isabel, então com quatro meses de idade. O episódio foi narrado pela Revista Veja de 21/02/79 e por Frei Betto no livro “Diário de Fernando – Nos Cárceres da Ditadura Militar Brasileira”, publicado ano passado.

O MPF esclarece na ação que a lei de Anistia e o julgamento da ADPF 153 pelo Supremo Tribunal Federal, que reafirmou a validade da lei, não inviabilizam medidas de responsabilização civil como as propostas na nova ação.

Primeiro, porque a lei de Anistia não faz menção a obrigações cíveis decorrentes de atos ilícitos anistiados pela lei. No julgamento, os ministros do STF Carmen Lúcia, Eros Grau, Cezar Peluso, Celso de Mello, além de Carlos Ayres Britto e Ricardo Lewandowski – que julgaram procedente a ADPF – destacaram a importância de se buscar medidas visando a reparação, o esclarecimento da verdade e outras providências relacionadas ao que se passou no período abrangido pela lei, ainda que a punição criminal esteja vedada.

Os procuradores lembram, ainda, que o caso está sujeito às obrigações internacionais assumidas pelo Estado brasileiro de apuração de graves violações aos direitos humanos. Em especial, a Justiça brasileira deverá seguir o que vier a ser decidido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que está julgando a ação apresentada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA contra o Brasil no caso Julia Lund – Guerrilha do Araguaia. Estima-se que a CIDH decidirá a matéria ainda neste ano.

Os episódios de tortura e morte narrados, assinalam os autores da ação, configuram crimes contra a humanidade, considerados imprescritíveis, tanto no campo cível, como no penal.

Esta nova ação é mais uma das iniciativas do MPF em relação às violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar no Brasil. Essa atuação teve início em 1999 por meio da tarefa humanitária de buscar e identificar restos mortais de desaparecidos políticos para entrega às respectivas famílias.

O MPF identificou que o processo de consolidação da democracia e reafirmação dos direitos e garantias fundamentais suprimidos pela ditadura requer do Estado brasileiro a implantação de medidas de Justiça Transicional: (a) esclarecimento da verdade; (b) realização da justiça, mediante a responsabilização dos violadores de direitos humanos; (c) reparação dos danos às vítimas; (d) reforma institucional dos serviços de segurança, para que respeitem direitos fundamentais; e (e) promoção da memória, para que as gerações futuras possam conhecer e compreender a gravidade dos fatos. Segundo o MPF, o objetivo dessas medidas é evitar que atos tão desumanos se repitam.

Em 30 de agosto deste ano, o MPF ingressou na justiça com ação para que três policiais civis do Estado de São Paulo acusados de torturas e mortes percam cargo e aposentadorias.
Reconhecidos em imagens de jornais, revistas e televisão, os delegados do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) Aparecido Laertes Calandra, David dos Santos Araujo e Dirceu Gravina foram acusados pelo MPF de terem torturado e matado, a serviço do Exército, presos políticos no Doi-Codi.

O MPF pediu o afastamento imediato e a perda dos cargos e aposentadorias de três delegados que participaram diretamente de atos de tortura, abuso sexual, desaparecimento forçados e homicídios, em serviço e nas dependências de órgãos da União, durante o regime militar (1964 - 1985).

A ação pede a responsabilização pessoal de Aparecido Laertes Calandra, David dos Santos Araujo e Dirceu Gravina, os dois primeiros aposentados e o terceiro ainda na ativa, além da condenação a reparação por danos morais coletivos e restituição das indenizações pagas pela União.

Capitão Ubirajara, capitão Lisboa e JC, codinomes utilizados, respectivamente, pelos três policiais enquanto atuaram no Doi-Codi, foram reconhecidos por várias vítimas ou familiares em imagens de reportagens veiculadas em jornais, revistas e na televisão.

Os procuradores da República que propuseram a ação colheram relatos chocantes de ex-presos políticos e de seus familiares vitimados pelos atos dos três policiais, além de reunir depoimentos retirados de documentos como processos de auditorias militares, arquivos do Dops e livros, entre eles “Brasil: Nunca Mais” e “Direito à Memória e à Verdade”.

Pela documentação e depoimentos colhidos pelo MPF, os procuradores relatam na ação que, sob a alcunha de capitão Ubirajara, o delegado Aparecido Laertes Calandra participou da tortura e desaparecimento de Hiroaki Torigoe, da tortura, morte e da falsa versão de que Carlos Nicolau Danielli fora morto em um tiroteio, da tortura do casal César e Maria Amélia Telles, além de participar da montagem da versão fantasiosa de que o jornalista Vladimir Herzog teria cometido suicídio na cadeia.

Reportagens dão conta de que Calandra teria participado também de torturas contra Paulo Vannuchi e Nilmário Miranda, atual e ex-ministros de Direitos Humanos do Governo Federal.

O depoimento de Maria Amélia Telles ao MPF mostra métodos de tortura física e psicológica aplicados por Calandra e outros agentes a serviço do Doi-Codi, como o uso de seus filhos visando constranger os depoentes em busca de “confissões”.

Maria Amélia relata que, numa oportunidade, após terem sido barbaramente torturados, ela e o marido foram expostos nus, marcados pelas agressões, aos filhos, então com cinco e quatro anos de idade, trazidos especialmente para o local como forma de pressioná-los. Ao ver os pais, a filha perguntou: “mãe por que você está roxa e o pai, verde?”.

O atual presidente do Conselho Estadual de Defesa da Pessoa, Ivan Seixas, preso aos 16 anos, junto com o pai, Joaquim Alencar de Seixas, torturado e morto pela equipe do Doi-Codi da qual participava David dos Santos Araújo, o “capitão Lisboa”, relata que este era o que mais lhe batia.

Como forma de pressão sobre ele, os policiais o levaram para uma área próxima ao Parque do Estado, então deserta, e simularam seu fuzilamento. Depois, o colocaram em uma viatura e foi apresentada a ele a edição do jornal Folha da Tarde em que a manchete anunciava que seu pai fora morto pelas forças repressivas. Ao chegar no Doi-Codi, seu pai ainda estava vivo.

Depois da prisão de Ivan Seixas e de seu pai, sua casa fora saqueada e sua mãe e irmãs testemunharam, com ele, as torturas a que seu pai foi submetido. Uma de suas irmãs relatou ao MPF ter sido abusada sexualmente por Araújo. O pai acabou morrendo naquele dia nas dependências da prisão.

O mais jovem dos três policiais e até hoje no cargo de delegado da Polícia Civil, em Presidente Prudente, interior do Estado de São Paulo, Dirceu Gravina, era chamado pelos colegas de JC - uma alusão à Jesus Cristo por, à época, com pouco mais de 20 anos, manter os cabelos compridos e lisos e usar crucifixo - e é lembrado nos relatos por sua violência e sadismo.

Avesso à imprensa, Gravina foi reconhecido em 2008 por Lenira Machado, uma de suas vítimas após aparecer em reportagem sobre investigação que o delegado conduzia acerca de “um suposto vampiro que agia na cidade de Presidente Prudente e mordia o pescoço de adolescentes”.

Presa por três dias no Dops, Lenira teve toda a roupa rasgada por Gravina e outros dois policiais quando foi transferida ao Doi-Codi, ficando por 45 dias apenas com um casaco e lenço.

Em seu primeiro interrogatório no Doi-Codi, Lenira foi pendurada no pau de arara e submetida a choques elétricos. Nesta sessão de tortura, conseguiu soltar uma de suas mãos e, combalida, acabou por abraçar Gravina - que estava postado a sua frente, jogando água e sal na boca e nariz da presa. O contato fez com que o delegado sentisse o choque, caindo sobre Lenira e, em seguida, batendo o rosto, na altura do nariz, em um cavalete.

Após algumas horas, Gravina voltou do Hospital Militar, onde levou pontos no rosto, e retomou a tortura a ponto de provocar uma grave lesão na coluna de Lenira, e, mesmo assim, não suspender a sevícia. A tortura contra Lenira era tão intensa que, em um determinado dia, teve que ser levada ao hospital, onde lhe foi aplicado morfina para poder voltar às dependências da prisão.

Gravina ainda é apontado como o último a torturar o preso político Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, dizendo a outro preso, após Palhano parar de gritar de dor, que sua equipe tinha acabado de matar o colega, ameaçando-o na sequência.

“Agora vai ser você!” Desde então, nunca mais se teve notícias de Aluízio, desaparecido até hoje. Também foram vítimas de Gravina os presos políticos Manoel Henrique Ferreira e Artur Scavone.

Apesar do uso de apelidos (Calandra, por exemplo, não admite ter sido o capitão Ubirajara), os ex-policiais foram reconhecidos, em diversas oportunidades, em entrevistas à imprensa e em depoimentos ao MPF, pelos presos políticos. Ivan Seixas relata também que, durante as torturas, ao se referirem uns aos outros, os policiais se traiam, chamando os colegas pelo prenome.

Algumas vezes, chegavam a se identificar. Em uma ocasião, ao transportar Seixas numa viatura, Araújo voltou-se para ele, mostrou a carteira funcional e disse: “sou o delegado David dos Santos Araújo e não tenho medo de você”.

Por ANTONIO CARLOS LACERDA
ANTONIO CARLOS LACERDA é jornalista correspondente internacional da Imprensa Estrangeira no Brasil. Autor do Coluna, "O Mundo sem Fronteiras" no Zwela Angola


Dormindo com o inimigo

Leonardo Palhano Fedato viaja 528 quilômetros de Londrina a São Paulo para esfaquear a mulher, Ticiana Maole, uma modelo de 18 anos que começava a fazer sucesso
Cesar Guerrero
Reprodução
Leonardo e Ticiana: “O rosto dela ficou desfigurado”, diz Nair Andrade, a delegada
Ticiana Maole Ferro Fedato, 18 anos, deixou para trás a cidade de Londrina, no norte do Estado do Paraná, para trabalhar em São Paulo, como outras milhares de jovens que sonham um dia se transformar numa modelo de sucesso como Gisele Bündchen. Ela conseguiu ser contratada por uma agência na capital paulista e, em dois meses, passou a ganhar espaço no competitivo mercado da moda. Assinou alguns contratos, com cachê de até R$ 15 mil, para revistas como Elle, Vip, Nova e Marie Claire e estava prestes a fazer sua primeira viagem internacional. Mas o sonho acabou no domingo 19.
Por volta das 22h30, o interfone do apartamento onde Ticiana estava hospedada, nos Jardins, zona sul São Paulo, tocou. O imóvel é alugado pela agência Next e lá se hospedam também mais três outras modelos. Do outro lado da linha do interfone estava o marido, Leonardo Palhano Fedato, 21. Ticiana desceu para atender o marido na portaria, já que a agência não permite visitas no apartamento. Depois de uma rápida discussão na calçada, a modelo teve o rosto e o pescoço retalhados por golpes consecutivos de faca e ainda levou um pontapé. “Ela perdeu quatro dentes e seu rosto ficou desfigurado”, diz Nair de Castro Andrade, 46 anos, delegada do 78.º Distrito Policial, onde foi registrado o boletim de ocorrência do caso.
Agliberto Lima/AE
“Minha mulher não me traiu, mas se afastou da família”, justifica Felipe
Leonardo foi preso em flagrante. Os próprios moradores que testemunharam a agressão impediram sua fuga. Revoltadas, algumas testemunhas chegaram a agredir Leonardo, que teve uma costela quebrada e o pescoço machucado. Foi salvo pela Polícia Militar, que o levou para a delegacia, onde está preso. “Quando chegou à delegacia, ele estava extremamente calmo”, diz a delegada. “Parecia até um santo.” Ao explicar os motivos de sua fúria, a única preocupação de Leonardo era deixar claro que não fez isso por ciúmes. “Minha mulher não me traiu, mas se afastou da família”, disse aos policiais. Enquanto Leonardo estava na delegacia, Ticiana recebeu tratamento de urgência na Santa Casa de Misericórdia, em Santa Cecília, região central da capital paulista.
O casal se conheceu num culto da Igreja Presbiteriana Central, em Londrina. Depois de um rápido namoro, Ticiana ficou grávida, aos 15 anos, e os dois se casaram. A mãe da modelo, Sílvia Elizabete Maole, disse à polícia que Leonardo sempre foi muito violento. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio e, se for condenado, deve cumprir pena de dois a seis anos de prisão. No Paraná, Leonardo também responde a um inquérito por lesões corporais, depois de ter agredido, em junho, o próprio filho, que hoje tem um ano e dois meses
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Gleba Palhano



Menos de 90 anos depois que o agrimensor Mábio Palhano abriu as primeiras veredas na mata virgem, Londrina viu sua fazenda de 750 alqueires - formada a partir de terras devolutas e comprada a preço simbólico do governo do Estado -, virar um dos pontos mais badalados do Município. Nos últimos 12 anos, morar na Gleba Palhano é símbolo de sucesso e status. E agora, também, torna-se referência como ponto comercial.

A Fazenda Palhano estendia-se de um marco no distrito rural do Espírito Santo – incluindo o patrimônio Aviação Velha,

A área que foi cedida por Mábio Palhano para a construção do primeiro campo de pouso de Londrina – até às margens do hoje Lago Igapó, passando pelas áreas da Universidade Estadual de Londrina e shopping Catuaí. Os seis irmãos Palhano detinham, juntos, 1.200 alqueires de terra. Mábio tinha 350 alqueires e comprou dos irmãos, nos anos 1920, outros 400 alqueires.

Até a década de 1970, a venda de parte das terras da antiga fazenda foi feita de forma irregular. Somente com a aprovação da lei 1.794/1970, o Executivo Municipal pode “aceitar o parcelamento da subdivisão da Fazenda Palhano já efetuada pelo seu proprietário, independentemente de seu enquadramento na legislação vigente”.


Hoje, a Gleba Palhano não existe mais já que, por definição, gleba é uma propriedade individual de área igual ou superior a 10.000 m². O que existe são diversos bairros unidos sob a denominação baseada no imaginário popular. Formalmente, pelo mapa oficial de Londrina – elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) - o bairro Palhano é uma área que começa na Avenida Ayrton Senna e vai até o viaduto da PR-445 (rodovia Celso Garcia Cid). Dentro dessa área, estão bairros como Vila Satler, Jardim Lago de Trento e outros.

Hoje, o local é o novo filão para empreendimentos comerciais. Dois prédios de escritórios, com galeria de lojas anexada, devem ficar prontos este ano. E já estão previstos o lançamento de, pelo menos, mais três empreendimentos do tipo. “Tudo que lançar lá, vende”, resumiu o imobiliarista Raul Fulgêncio. Responsável pela comercialização das salas empresariais de um dos prédios quase prontos, Fulgêncio explica que já foram vendidas 174 das 250 unidades disponíveis, antes mesmo do lançamento. “A demanda está uma loucura. Atendê-la é nosso maior problema”, afirmou. Segundo ele, um único espaço para uma agência bancária está sendo disputado por cinco bancos diferentes. “A maior dificuldade não é vender, é escolher quem vai ocupar aquele espaço”, afirmou.

O mesmo vale para lojas em pequenas galerias. Hoje, já estão disponíveis pelo menos quatro galerias – a maioria já ocupada. Além disso, está sendo construído também o Mercado Palhano, que vai oferecer 90 boxes para locação. E, nos planos dos empreendedores, não vai parar por aí. “O preço dos lotes da Gleba, que estão muito valorizados, inviabiliza que atividades individuais se instalem ali. A solução encontrada foi apostar nas galerias de lojas, que fracionam o preço total e acabam sendo bem mais acessíveis”, explicou o imobiliarista.

A ideia, segundo ele, é levar para a região todos os produtos e serviços que se encontram no restante da cidade. “Essa é uma tendência em qualquer área. Foi o que aconteceu na [avenida] Saul Elkind e na [avenida] Inglaterra. Agora vai acontecer na [avenida] Ayrton Senna”, afirmou. A diferença é que, ali, estará a maior concentração de renda da cidade, no corredor formado pelos bairros Bela Suíça, Gleba Palhano e região dos condomínios horizontais (após o Catuaí Shopping).

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon), Osmar Ceolin Alves, o interesse das construtoras pela área deve se manter forte pelos próximos anos. “Há muitas áreas a serem exploradas ainda, naquele local. E, com a conclusão das obras na transposição da PR-445, a parte da Ayrton Senna acima da avenida Madre Leônia [Milito] será o próximo grande filão”, afirmou.

Crescimento foi rápido

O crescimento populacional da Gleba Palhano, desde que foi mudada a lei de zoneamento em 1998, para permitir a construção de edifícios na região, já é um dos maiores de Londrina. Segundo Osmar Alves, presidente do Sinduscon, o ritmo de construção ali está acima da média. “A região partiu do zero e hoje está na faixa [de crescimento] anual de 8% a 9%. A média de Londrina está na faixa dos 6%, que ainda é acima dos índices nacionais”, explicou.

Isso se justifica, segundo ele, por ser uma área nova, com grandes espaços vazios para serem explorados. O centro da cidade não dispõe mais de espaços do tamanho que podem ser encontrados na Gleba Palhano. “Nos últimos 12 anos, o centro não teve mudanças radicais na sua paisagem. Ali, mudou bastante”, apontou. O imobiliarista Raul Fulgêncio disse concordar com o presidente do Sinduscon. Segundo ele, a Gleba oferece hoje todas as condições para construções de alto padrão. “Ali é possível construir prédios com o conforto de uma casa. E é isso que as pessoas estão buscando”, afirmou.

A maior concentração de construções se localiza hoje na área compreendida entre as avenidas João Wylclif, Madre Leônia Milito, PR-445, ruas João Huss e Bento Munhoz da Rocha (marginal do Lago Igapó). Em 12 anos, nessa área, já foram entregues 33 prédios e outros 23 estão em construção. Até o final do ano, as construtoras devem lançar outros 16 empreendimentos. (T.E.)


Principais Vias

  • Av. Aniceto Espiga
  • Av. Ayrton Senna da Silva
  • Av. Madre Leônia Milito
  • Av. Presidente Castelo Branco
  • R. Bento Munhoz da Rocha Neto
  • R. Constantino Pialarissi
  • R. Ernani Lacerda de Athayde
  • R. Martinho Lutero
  • R. Prefeito Faria L

  • Subdivisões
  • Central Park Residence
  • Chácaras Gomes
  • Colina Verde
  • Colina Verde Leste
  • Conjunto Residencial Água Verde
  • Jardim Alto da Colina
  • Jardim do Lago
  • Jardim Tamandaré
  • Jardim Universitário
  • Parque Residencial do Lago
  • Parque Residencial Ilha Bela
  • Parque Residencial Madri
  • Recanto Pitanguá
  • Residencial Satler
  • Terras de Santana II
  • Village I
  • Village I