Plínio Palhano comemora 40 anos de carreira com exposição




Mostra no Centro Cultural Correios Recife reúne obras feitas 

pelo artista plástico em diferentes épocas



Em 40 anos dedicados às artes plásticas, o pernambucano Plínio Palhano produziu uma obra numerosa, trabalhando com técnicas, temas e materiais variados. Entre elas, pinturas nas quais ele aplica uma tinta mais diluída, aproximando o personagem e o fundo da tela, ou nas quais cria uma textura marcante com massa e espátula ou a partir da impressão com couro sobre a lona. Para comemorar as quatro décadas de carreira, o recifense reúne 102 peças de diversas épocas na exposição Plínio Palhano: Trajetórias. A mostra será inaugurada nesta terça-feira (6/11), às 19h, no Centro Cultural Correios Recife.
Pelas três salas do segundo andar do prédio foram dispostos 73 quadros e outras 29 obras, como uma escultura em bronze e peças em cerâmica com peixes pintados. Elas foram selecionadas entre as 18 séries de Palhano, com curadoria do também artista plástico Raul Córdula.


Uma série de nus feita por Palhano na década de 1970 é um dos conjuntos da exposição. "Entre pinturas, desenhos e aquarelas desta época, são mais de 300 obras. Não tinha uma preocupação anatômica, era uma ideia mais abstrata do corpo. Eram pinturas rápidas e diretas", resume o artista.

O projeto expográfico criado por Antonio Carlos Montenegro favorece a observação de elementos comuns a obras de diferentes épocas, assim como do que foi se transformando ao longo do tempo. Ao invés de dividir as salas cronologicamente, por fases, temas e técnicas orientam a organização.

"O que une todos os trabalhos é a luz. Cada série tem uma abordagem diferente, como um escritor que faz um livro de contos e cada conto tem uma abordagem. É assim que comparo. Sou muito impaciente e não conseguiria pintar sempre a mesma coisa", completa Palhano.