Caso Luís Palhano: “Não foi crime homofóbico”, aponta Ministério Público

Conforme divulgado em boa parte dos meios de comunicação do Ceará, a Polícia Civil e o Ministério Público do Ceará concluíram que a morte do professor universitário e militante gay Luís Palhano Loiola, 40, em maio, no interior do Estado, não foi motivada por homofobia, como suspeitavam entidades de defesa dos direitos de homossexuais, mas por vingança de um irmão do professor.  A prisão preventiva do agricultor José Palhano Loiola, 47, já foi pedida pelo promotor José Arteiro Goiano, de Crateús (354 km de Fortaleza), local do crime. Segundo Loiola, familiares do professor disseram não ter dúvidas da culpa do irmão.
Luís Palhano, então vice-diretor da Faculdade de Educação de Crateús, ligada à Uece (Universidade Estadual do Ceará), foi morto com 22 facadas. A apuração do caso apontou que o número de facadas foi inspirado no empréstimo bancário de R$ 22 mil que seu irmão queria obter para ampliar sua plantação de cajus. O professor foi o único da família a se opor ao oferecimento da casa dos pais como garantia para concessão do empréstimo, o que motivou o assassinato, segundo a investigação.

Luis Palhano Loiola - Um exemplo de luta


Notícias do GESAC
Infelizmente abro meu blog pessoal com uma postagem muito triste e chocante. Considero este canal de comunicação muito útil na divulgação de notícias para todo o Brasil. Espero que esta notícia ecoe pelo mundo de forma que sensibilize todos que tenham acesso a esta mesma.
Na última quinta-feira, foi encontrado morto com 21 perfurações a faca, em sua residência, o professor Luis Palhano Loiola, na cidade de Crateús - CE. Não se sabe as motivações para tal crime bárbaro, nem ao menos pistas concretas que levem ao verdadeiro culpado pelo seu trágico assassinato. O crime abalou a população local, estadual, regional e está tomando força em todo Brasil.
Com 40 anos de idade, o professor vivia uma fase muito produtiva de sua carreira profissional, desenvolvendo projetos de fortalecimento comunitário, produzindo artigos e livros, lecionando e formando cidadãos, além de lutar pela sua principal causa, a diversidade sexual.
No dia 1º de maio, dia do trabalhador, data reconhecida historicamente como a das lutas pelos direitos dos trabalhadores, morre um grande homem que tem estampado em seu trabalho e em sua passagem aqui na Terra algo muito lembrado na referida data. A luta. Seja nas causas trabalhistas, na diversidade sexual, no desenvolvimento e fortalecimento comunitário, na formação universitária e da juventude, no desenvolvimento acadêmico e cultural de seu município, Luis Palhano Loiola, doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará - UFC, ex-diretor e, atualmente professor da Faculdade de Educação de Crateús - FAEC da Universidade Estadual do Ceará - UECE. Nascido na cidade de Crateús, no distrito de Lagoa das Pedras, de origem humilde e filho de agricultores, Luis se destacou pela sua exemplar trajetória acadêmica e por sua incansável luta pelos direitos humanos. Com sua precoce morte ele deixa vários projetos a serem implantados tanto em sua cidade como em todo o estado do Ceará.
Todos que tiveram um contato direta e indiretamente com sua pessoa sentem sua falta e manifestam seu pesar diante de tamanha barbaridade.