Manuel Capilé Palhano orgulha-se de comandar a Guarda Municipal

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Com uma vida pautada no trabalho, ele comemora a oportunidade de ter prestado relevantes serviços

Manuel Capilé Palhano e Maria Januária Capilé, filhos de pioneiros. Capile e Palhano, duas famílias que aqui chegaram e ao lado de tantas outras famílias pioneiras, plantaram seus sonhos e filhos, construindo uma cidade, Dourados.
Manuel Capilé é filho de uma família de 14 irmãos, criado dentro de princípios de uma educação rígida. Seu pai, Pedro Palhano, cidadão austero, cobrava-lhe sempre a sinceridade e honestidade. ?O que era seu, era seu e o que era dos outros, era dos outros? dizia.
A mãe, Maria Januária Capilé (Tia Marquinha), modesta e meiga, primava pela boa educação dos seus filhos.
O jovem Capilé começou cedo a trabalhar, primeiro numa loja de confecções (l963/1964), depois como bancário. Foi funcionário da Prefeitura através de concurso no ano de 1973, passando por diversos setores. Atuou inclusive como chefe da área financeira.
Como bancário administrou três agências, prestando serviços em Bela Vista, Corumbá, Cáceres, Pedro Gomes, Ivinhema e ao retornar para Dourados encerrou sua carreira. Com vasta experiência, Capilé prestou concurso no estado, passando a trabalhar na Secretaria de Fazenda, no setor de compras, com abrangência na região sul.
Capilé também atuou como fiscal de renda no estado do Tocantins. De funcionário de uma loja de confecções até fiscal de renda somaram 26 anos de muita luta. Com 46 anos, ingressou na PRF, sendo aprovado pela academia, competindo de igual para igual com concorrentes mais jovens, sem ter nenhum privilégio.
Depois de trabalhar nas cidades de Joinvile e Santa Catarina, aposentou-se em Dourados. Ao todo foram mais de sete anos de serviços prestados a PRF. Ao invés do merecido descanso, Capilé resolver retomar os estudos, formando-se em Direito. Não demorou muito para receber mais um convite desafiador em sua vida, que é comandar a Guarda Municipal.?

Tive muitos cargos importantes na minha vida, cumprindo-os com muito orgulho. Mas esse cargo de comandante da Guarda Municipal é o mais importante da minha vida, por meio do qual sirvo a minha cidade -, disse.
Para saber mais sobre a vida de Capilé, acompanhe a entrevista:

A Tribuna - Qual é sua avaliação da cidade de Dourados?
Capilé - Dourados hoje é uma cidade boa de se viver, considerada uma das melhores do Mato Grosso Sul.Temos a questão da violência, mas o índice de criminalidade é muito menor que em outras cidades brasileiras.
Confesso-me um saudosista, pois tenho saudades de Dourados de 1968 a 1970, quando podíamos jogar na praça, no domingo à tarde; passear de mãos dadas com as nossas amadas. Esse tempo está bem guardado nas nossas lembranças.
Dourados era uma cidade tranqüila. Todo o mundo era amigo de todos. Sabia-se quem era quem.

A Tribuna - Você ainda conserva amizades desta época?
Capilé - A grande maioria está aqui Dourados, outros já deixaram este plano. Fico feliz em saber que grande parte dos meus amigos se deram bem na vida.

A Tribuna ? Você se sente realizado na profissão?
Capilé - Cumpri o meu papel de cidadão, procurando sempre realizar tudo o que me propus na vida. Consegui corresponder a altura a conduta que aprendi com os meus pais e meus avós.

A Tribuna ?Qual a melhor herança deixada pelo seu pai?
Capilé - Meu pai era um homem muito exigente, pessoa de bem, mas muito rigoroso com seus filhos. Sou o mais novo de 14 irmãos, todos tratados da mesma forma. Com ele, aprendemos a trabalhar muito cedo e seus ensinamentos aplico no meu dia-a-dia.

A Tribuna - O que você espera de Dourados?
Capilé - Espero tudo, pois esta é a minha cidade. Se todos quiser Dourados seja melhor no futuro, temos que trabalhar para isso.

A Tribuna - Para encerrar, fale de sua família?
Capilé ? Sou casado com dona Raimunda Taveira Palhano e tenho uma filha, Andresa Kely, que é bacharel em Direito, professora pós-graduada. Ela tem muito de mim e do avô. Não poderia deixar de lembrar também da minha mãe, do carinho dela, da dedicação que tinha para com todos os seus filhos. Ela era chamada, muito carinhosamente, de Tia Mariquinha, a qual nos ensinou a importância da religiosidade em nossas vidas.

Projeto de Junior Teixeira transforma figueiras em patrimônio histórico -Mato Grosso

Projeto de lei apresentado pelo vereador Junior Teixeira (PDT) transforma em patrimônio histórico do município as duas árvores da espécie Figueira, localizadas na Avenida Presidente Vargas, no início da Rodovia Pedro Palhano (MS-156), que liga Dourados a Itaporã. A proposta está tramitando nas comissões internas da Câmara e deve ser votada em plenário nos próximos dias.

“Essas figueiras centenárias fazem parte da história de Dourados e não podem ser derrubadas devido às obras de duplicação da MS-156. Entendemos que a duplicação é extremamente importante, pois vai ajudar a salvar vidas. Entretanto, é preciso encontrar uma forma de fazer essa obra sem derrubar as Figueiras”, afirmou Junior Teixeira. Ele afirmou estar confiante na aprovação do projeto e consequente sanção pelo prefeito Ari Artuzi, transformando a proposta em lei municipal.

O vereador pedetista disse que a preservação das árvores atende ao pedido feito pelo pioneiro Pedro Palhano, na época em que doou parte de suas terras para construção da rodovia que leva seu nome.

Diógenes Palhano, 78, e Octaciano Ramão Palhano, 75, filhos de Pedro Palhano e nascidos da chácara Jaguapiru, em Dourados, contam que a manutenção das Figueiras era o sonho do pai.

Pedro Palhano veio para Dourados em 1918, junto com Manoel Pompeu Capilé, o Major Capilé. Na região, adquiriu uma área de terra, atualmente o fim da Presidente Vargas e começo da MS-156.

Octaciano conta que as árvores já existiam no local quando o pai comprou as terras. O desbravador derrubou a mata para criar gado, mas deixou as duas Figueiras, uma para dividir a chácara e outra para fazer sombra para o gado.

Quando doou três hectares de suas terras à União para construção da rodovia entre Dourados e Itaporã, Pedro Palhano exigiu que a empreiteira não cortasse as Figueiras, conforme a história relatada por Diógenes e Octaciano Palhano no dia 11 deste mês ao empresário Paulo Sérgio Fernandes Rosas, defensor da preservação das árvores.

“Assim como a Figueira da Avenida Guaicurus que foi tombada como patrimônio histórico do município, queremos que as Figueiras da Presidente Vargas tenham o mesmo destino, numa justa homenagem a Pedro Palhano”, afirmou Junior Teixeira.