CUT Ponta Grossa, ajudou trabalhadores a debater propostas e escolher seus candidatos

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou, desde o dia 1° de maio, o debate de temas relacionados às eleições 2010.  De acordo com os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa, a CUT buscou, através dessas discussões, incentivar os eleitores a exigirem dos seus candidatos um compromisso mais firme com as mudanças capazes de melhorar a vida dos trabalhadores.

As eleições são, dentro dos estados democráticos, um dos grandes acontecimentos que reúnem toda a população de um país. No Brasil, o voto é obrigatório para pessoas de 18 a 70 anos. E é a maneira que os cidadãos têm para escolher quem irá representá-los no governo, optando por candidatos com propostas que se assemelhem aos seus ideais.

 A Central Única dos Trabalhadores (CUT) lançou este ano, no dia 1° de maio, a Plataforma da CUT para as eleições 2010, que foi criada depois de discussões e debates realizados entre os trabalhadores e os líderes sindicais de diversas categorias. Entre essas entidades está o Sindicato dos Metalúrgicos.

A Plataforma buscou colocar em pauta temas nacionais e promover o enfrentamento em torno de questões trabalhistas. Através dessa iniciativa, a CUT espera que vários problemas que não foram solucionados pelo Governo sejam resolvidos e demais assuntos que ainda prejudicam os trabalhadores passem a ser discutidos no Congresso Nacional.

Entre esses assuntos estão a valorização do trabalho, a distribuição de renda e a necessidade de um estado democrático.


Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa, Mauro Pereira, a plataforma surgiu como uma maneira de a classe trabalhadora exigir um compromisso dos candidatos nos temas que dizem respeito aos direitos dos trabalhadores.
“Muitas coisas boas aconteceram para o trabalhador nesses últimos oito anos, mas várias outras precisam melhorar”, afirma.

Mauro (foto) diz ainda que o atual governo proporcionou inúmeras conquistas para os trabalhadores do país, aumentou o número de empregos, mas vetou o fator previdenciário, prejudicando principalmente os trabalhadores das fábricas brasileiras.

O presidente observa que temas como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e a ratificação da convenção 158, que impede a demissão sem justificativa, ainda não obtiveram resposta do Congresso.

  
 O diretor sindical Jefferson Palhano considera outras mudanças que estão na plataforma  imprescindíveis para a melhoria do país. “O Brasil precisaria passar por diversas reformas, desde a agrária até a reforma política”, comenta.

Para ele, a falta de debate no Congresso acaba prejudicando a classe trabalhadora, e a plataforma da CUT surgiu para que essas pautas não sejam esquecidas.

Para Jefferson, as mudanças na sociedade partem não dos políticos, mas da pressão da sociedade civil organizada, que, ao exigir seus direitos, faz jus ao seu voto. “As centrais e entidades devem cobrar, independentemente de quem está no governo”, declara.

Ele acredita que através dessas discussões entre as centrais e os trabalhadores foi possível oferecer aos eleitores novos modos de ver seus candidatos, fazendo com que eles exigissem melhorias reais e compromisso firme de quem pretende ser eleito.